São Paulo - O que 2015 reserva em termos de tendências e caminhos para asmarcas, o mercado e o consumo?
Um estudo da JWTIntelligence (braço de inteligência da agência de publicidade J. Walter Thompson) traz algumas dessas respostas.
O relatório "The Future 100: Trends and Change to Watch in 2015", que você vê com exclusividade em EXAME.com, mostra o que vem por aí.
Uma ótima oportunidade para ter novas ideias e pensar em novos negócios e ações.
Confira, algumas das tendências em Marketing para 2015.
1. Crianças conectadas
Nos EUA, 3 entre 4 crianças de até oito anos têm acesso a smartphones ou tablets. No Reino Unido, 93% dos pais deixam seus filhos pequenos usarem os dispositivos.
Está claro que as crianças estão conectadas digitalmente. Novos brinquedos e serviços devem seguir essa tendência. Elas estão famintas por tecnologia.
Aliás, a geração com menos de 10 anos tende a ter mais familiaridade com tendências tecnológicas que os adolescentes que vieram imediatamente antes deles.
2. Celebridades como parceiras de negócios
As celebridades estão deixando de ser apenas "um rosto da marca" para se tornarem parceiras de negócios. Exemplos recentes: Gwyneth Paltrow e Blake Lively.
Os famosos não estão mais vendendo um tempo para serem "garotos-propaganda". Estão, sim, aprendendo a monetizar a sua influência.
Colaboram com a criação, aparecem em campanhas, revelam produtos nas mídias sociais.
Exemplos: Diageo criou o Haig Club, um uísque, junto com David Beckham. Beyoncé fechou uma parceria 50-50 com a Topshop em uma linha de produtos.
3. Fugindo do estresse
O impacto do uso pesado de tecnologia e dos trabalhos estressantes é uma preocupação crescente. Estudo do YSL Beauté, por exemplo, mostra que passar muito tempo na frente de uma tela de iPad ou notebook causa envelhecimento precoce.
As marcas estão, portanto, de olho em novos produtos de beleza que driblem esse estresse e seu impacto na saúde das pessoas.
L'Oreal, Avon e outras pensam em produtos específicos quando aparecem notícias como "Por conta do estresse, mulheres estão perdendo o cabelo já na faixa dos 20 anos".
4. Comércio do Terceiro Setor
Uma terceira via do comércio. Novos modelos de comércio não veem caridade e lucro como coisas separadas.
A terceira via combina o bem social com vendas e marketing. Essas empresas caem no gosto dos millenials, que têm tendência a pesar questões éticas em suas decisões de consumo.
Marcas éticas e sustentáveis ganham pontos com as novas gerações. Empresas com valores claros também largam na frente.
O comércio "1 por 1" (compre um, dê um) também é uma tendência. Por exemplo: uma marca de café sustentável que, para cada pacote vendido, fornece uma semana de água para uma comunidade necessitada.
Munchery, uma empresa de comida delivery de San Francisco, por exemplo, doa um prato para alguém necessitado a cada prato vendido.
5. A era do 'agora'
A filosofia "viva o presente" influencia marcas e consumidores. A sociedade valoriza mais a felicidade, a paz interior, a espiritualidade.
Os jovens estão de olho no conceito de espiritualidade, apesar de viverem um dia a dia mais "agnóstico". Eles buscam significados mais profundos em suas vidas.
As marcas já estão de olho nisso, aliando espiritualidade e fitness, por exemplo.
6. A voz das mulheres no mercado
Marcas de luxo sob influência das mulheres.
Tradicionalmente, se voltaram para os homens. Agora, se adaptam para falar com as mulheres mais sofisticadas - com poder, voz e influência.
No segmento de luxo e em outros, o poder econômico delas aumenta. Exemplos:
- Estudo do Boston Consulting Group projeta para 2028 que as mulheres controlarão 75% das despesas discricionárias ao redor do mundo.
- Já o BCG calcula uma renda mundial feminina de 18 trilhões de dólares em 2018.
- Nos países em desenvolvimento, a renda das mulheres cresce em média 8,1%. Dos homens, 5,8%.
Veja as demais tendencias no link da Exame.com.
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