Nos anos 70 e 80 existiam alguns filmes de ficção e seriados que sugeriam que no futuro haveria a simbiose entre homem e máquina, gerando ciborgues ou algo híbrido homem-máquina.
Creio que isso é uma realidade possível, mas que ainda está um pouco longe de acontecer em larga escala.
No entanto, no segmento de distribuição dos serviços financeiros, isso já é uma realidade. Naturalmente, não estamos falando de gerentes bancários ciborgues.
Com a disseminação das fintechs e bancos digitais, a oferta de produtos e serviços financeiros cresceu muito nos últimos anos. Atualmente, já são 1.174 fintechs no Brasil, segundo a plataforma Distrito – especializada neste segmento de startups. Este mercado recebeu US$ 1,15 bilhão de investimentos, só nos cinco primeiros meses de 2021. Neste ritmo, daqui a pouco, vamos superar a cifra de uma fintech para cada um dos mais de 5.000 municípios brasileiros.
No entanto, o grande problema passou a ser a DISTRIBUIÇÃO: como fazer chegar estas diversas opções disponíveis de linhas de crédito, cartão, maquininha, seguro, câmbio, conta digital e investimento aos clientes finais?
Aí está a pergunta de 1 Milhão de Dólares ou até de 1 Bilhão, só para me manter atualizado com o cenário atual. Como fazer chegar todas estas novas opções ao consumidor final, sejam pessoas físicas ou jurídicas?
A tendência atual é a disseminação de plataformas digitais (um fenômeno conhecido como “plataformização” dos serviços financeiros). Mas certamente isso tem seus limites. Por mais que a tecnologia facilite nossas vidas, melhorando processos e a chamada experiência do usuário, muitos de nós não vamos nos contentar em ter respostas padronizadas ou realizadas por AI (a chamada inteligência artificial, em inglês).
Por mais que consigamos processar grandes volumes de dados ou levar serviços a um nível inimaginável, ainda precisaremos que algumas modalidades de serviços sejam feitas via um consultor de negócios financeiros (que chamamos atualmente de Personal Bankers ou PB). Em geral, esses PBs são ex-bancários com mais de 40 anos e com experiência de mais de 5 anos de serviços prestados em bancos tradicionais.
E o mais irônico disso tudo é pensar que a mesma “máquina” que melhorou o processo e deu agilidade aos serviços financeiros, criando muitas opções de produtos e serviços bancários, parece passar a depender de uma distribuição via os Personal Bankers.
Afinal, o que adianta ter um restaurante com um menu vasto e cheio de opções, se o cliente não terá segurança para escolher por si só a melhor opção para ele?
É neste cenário, que visualizamos a simbiose entre “homem e máquina”, associando as inovações das Fintechs e bancos digitais com a distribuição via Personal Bankers.
Quem viver verá e vai aproveitar!!!
.
.
.
.