Certamente, o resultado histórico do saldo da Balança Comercial Brasileira de USD 47,7 Bi em 2016 deve ser comemorado. Afinal, o maior saldo comercial registrado anteriormente havia sido em 2006, quando alcançou US$ 46,5 bilhões (vide Gráfico 1).
Para analisar os fatores que influenciaram este resultado, certamente, devemos olhar o histórico do comércio exterior brasileiro, bem como os efeitos do cambio e da disponibilidade de crédito específico para exportadores.
global search FATORES EXTERNOS: se analisarmos a evolução das Exportações do Brasil (Gráfico 1) e compararmos com o Mundo notaremos que, até 2011, a tendência é de um comportamento semelhante e uma correlação direta. No entanto, a partir de 2011, as Exportações do Brasil passam a ter um cenário de queda. Ou seja, passamos a nos “descolar” da tendência do Mundo, que era de leve crescimento do seu comércio exterior no período analisado. Como sabemos, isso se deveu, principalmente, pela “desaceleração” da China e pela queda do preço das Commodities no mercado mundial.
FATORES INTERNOS: Dentro os fatores internos, podemos destacar o comportamento do cambio, especialmente do dólar, além da disponibilidade de crédito para as empresas exportadoras.
Certamente, o efeito do dólar sobre as importações e, principalmente, sobre as exportações é bastante forte (vide Gráfico 2 e Gráfico 3).
Com o aumento da cotação do dólar a partir de jan/2015, verificamos um aumento das exportações (também em função da queda do preço em dólar das mercadorias brasileiras). No entanto, este aumento não se dá de maneira consistente. Por outro lado, as Importações sofrem adicionalmente com a queda da atividade econômica. Esse pode ser o principal efeito deste Saldo expressivo da Balança Comercial Brasileira: uma queda acentuada das importações, em função da baixa atividade econômica no Brasil.
CRÉDITO PARA EXPORTAÇÃO: Quando olhamos para o efeito do crédito sobre as operações de Exportação, notamos que as concessões de novas operações de Adiantamento de Contrato de Câmbio (Novos ACC), tiveram uma queda de 6,3% comparado com 2015 e o Saldo da Carteira de ACC caiu cerca de 10,2%. No entanto, esta tendência deve se acentuar, pois desde mai/16, tem caído o volume de novas concessões de ACC (de R$ 13,8 Bi para R$ 7,8 Bi em Nov.16). Portanto, o saldo em carteira deve diminuir ainda mais. E com menos crédito, menos estimulo às exportações (vide Gráfico 4 e Gráfico 5).
TAXA DE JUROS: E este quadro só tende a se agravar, pois, quando olhamos a escalada da taxa de juros para exportações (Gráfico 6), identificamos que teve um crescimento de 32,4% (saindo de 3,4% em Nov/15 e chegando a 4,5% em Nov/16)
Portanto, podemos comemorar sim o Saldo positivo histórico da Balança Comercial Brasileira, mas é preciso ficar atento a fatores internos como o efeito do mercado de cambio e o volume de crédito destinados às empresas que atuam no comercio exterior brasileiro. O crédito para exportadores se tornou mais escasso e caro!
Neste sentido, nossa consultoria TARGET Business Solutions tem desenvolvido um trabalho especial na disponibilização de linhas de capital de giro e de financiamento para empresas importadoras e exportadoras. Temos parcerias com diversos bancos no Brasil e no exterior.
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