A celebre frase que os bons vendedores repetem para si mesmos:
“Eu não vendo o que eu não compraria!” – pode ser um excelente direcionador para sua empresa, não só neste momento de crise do coronavirus, mas como balizador do seu planejamento estratégico.
Comece olhando para seu portfólio de Produtos e questione:
a) Quais produtos são essenciais para seu cliente? (mas para isso, você precisará fazer essa pergunta ao seu próprio cliente, pois só ele pode respondê-la)
b) E dessa pergunta surgem diversas outras, como por exemplo: qual a última vez que você perguntou algo ao seu cliente ou mesmo se preocupou em obter algum feedback dele?
c) Quais produtos do seu concorrente são superiores (na opinião do seu cliente)?
d) Qual produto dá para seu negócio a melhor margem líquida?
Estas e outras perguntas são essenciais para um bom direcionamento estratégico e para manter sua empresa e seu portfólio no mindset do seu cliente.
No entanto, no mundo atual, algumas atitudes simples podem fazer toda a diferença na hora do seu cliente adquirir os produtos e serviços da sua empresa.
ATENÇÃO AOS DETALHES
Assim como em uma corrida de 100m nos Jogos Olímpicos, a atenção aos detalhes pode fazer toda a diferença na competição pela atenção dos seus clientes.
Começando pela postura da sua empresa no momento da “largada”, quando se propõe a atuar em um determinado segmento ou mesmo se manter em um já consolidado mercado.
É fundamental ter mapeado os processos e KPIs que acompanham e qualificam a experiencia do seu consumidor, assegurando alto nível de satisfação em todas as etapas.
O binômio Produto-Serviço não pode ser visto de forma separada ou sua empresa corre o risco de perder essa corrida a cada segundo da sua relação com seu consumidor.
Apenas ter um ótimo produto, sem se preocupar com a experiencia do seu consumidor na hora de adquirir o produto (ou mesmo na hora de devolver, caso tenha desistido da compra), faz toda diferença na longevidade desta sua relação com seu cliente.
Na reta final, quando seu cliente decide pela compra, toda atenção fará a diferença entre vitória e fracasso.
Opções de pagamento, formas de entrega, qualidade do atendimento, esclarecimento de dúvidas, serviços agregados, dentre outros fatores que compõem a experiencia do consumidor e levarão à recorrência (retorno) e recomendação a potenciais novos clientes.
EMPATIA
A capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, como nos ensinam os psicólogos, neste caso estendida aos seus clientes, é procurar sentir a “dor que seu cliente sente” ao adquirir seu produto ou serviço.
Será que é fácil entender, comprar, usar, devolver seu produto? Não responda esta pergunta sem antes ter vivenciado você mesmo (ou sua equipe), passando por todo o ciclo de compra do seu consumidor nos seus diversos canais de distribuição e atendimento.
Mas tome cuidado para não ser um “apaixonado” por seu produto ou serviço e não enxergar os seus próprios defeitos ou pontos de melhoria.
Seja isento e saiba que sempre há espaço para melhorias!
SEU PRÓPRIO FÔLEGO
Será que, assim como muitas empresas no mercado, seus clientes também não estão sentindo a falta de linhas de crédito neste momento de crise do coronavirus? Afinal, as linhas de crédito e empréstimos para empresas sumiram do mercado e muitas empresas enfrentam dificuldades na hora de buscar crédito nos bancos para continuar comprando ou como capital de giro.
Nestas horas, será que seu relacionamento com bancos ou seu scoring de crédito (“seu fôlego”) não poderia ajudar a reforçar o fluxo de caixa dos seus clientes e com isso fazer com que voltem a comprar da sua empresa? Existem diversas linhas de crédito e financiamento onde pode ser utilizado o scoring de uma empresa como referência para dar crédito para sua cadeia de negócios (clientes e fornecedores).
Como saber disso? Pergunte ao seu time de vendas quais foram as principais justificativas para a queda nas vendas dos últimos meses? Não se contente com uma resposta genérica, afinal, nem todos os segmentos são afetados da mesma forma diante das diversas crises.
Como sabemos, enquanto uns choram outros vendem lenços.
Pesquisa recente do Sebrae / FGV apontou que, das empresas que buscaram empréstimos em bancos para passar por este aperto, 86% tiveram seu pedido negado ou ainda estão aguardando resposta do banco. Ou seja, a vida dos seus clientes pode não estar fácil e eles podem não estar comprando por falta de linhas de crédito.
Com algumas atitudes simples como estas: atenção aos detalhes, empatia e direcionando um pouco do seu próprio fôlego, é bem provável que sua empresa conseguirá estimular seus clientes a comprarem mais seus produtos, ainda mais neste momento de crise, onde o cliente tem sido um artigo raro.
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